A Semana da Pátria acontece em torno do dia 7 de setembro, data em que se
comemora oficialmente a Independência do Brasil. No ano de 1822, diversos
grupos das elites brasileira e portuguesa discutiam quanto aos rumos que os
países deviam tomar. Aristocratas e comerciantes do Brasil buscavam mais
liberdade, em termos econômicos e políticos. Já as Cortes portuguesas
desejavam uma recolonização do Brasil. Pedro de Alcântara, reunindo os
interesses da opinião pública brasileira, de sua esposa d. Maria Leopoldina,
e do ministro José Bonifácio, decidiu por proclamar a independência do
Brasil.
Em uma versão romântica da história, este fato é apresentado como um ato
heróico de d. Pedro I. Quando estava às margens do riacho Ipiranga, no
estado de São Paulo, recebeu uma correspondência de d. João VI, seu pai e
rei de Portugal, o qual exigia submissão ao Reino Português. Nesse momento,
d. Pedro teria gritado as famosas palavras “independência ou morte!”,
passando a ser o imperador do Brasil, aclamado e coroado, no final deste
ano.
A Independência, no entanto, foi mais burocrática do que heroica. Para ser reconhecido como país independente, o Brasil precisava do reconhecimento oficial das outras nações. Para isso, mediante acordos comerciais extremamente desfavoráveis ao nosso jovem país, a Inglaterra usou seu exército e seu prestígio internacional para garantir a independência. Além disso, nosso governo pagou a indenização de dois milhões de libras esterlinas a Portugal. O reconhecimento veio, finalmente, em 1825.